Depois de 8 anos de namoro, o término. Um misto de liberdade com desespero, de alegria com solidão. Os dias pareciam muito mais longos e os finais de semana, vazios. Ela precisava retomar as antigas amizades, mas se sentia meio perdida – é impressionante como as pessoas mudam com o passar dos anos. No início, ficou em casa, quietinha, observando os movimentos do ex e sua necessidade excessiva de demonstrar que estava tudo bem. Não estava. As coisas nunca são boas para quem termina um relacionamento ainda que haja conversa, compreensão e comum acordo.
Foi difícil reaprender a olhar apenas para si, a não dar mais satisfação de tudo aquilo que fazia e a não pensar mais por dois, mas por uma só. Matriculou-se na academia, no teatro e começou a pintar. Voltou a escrever com a frequência há anos absorvida pela rotina de compromissos familiares e começou a repassar, como num livro, tudo aquilo que havia deixado para trás nesses últimos anos: as oportunidades de emprego, os sonhos, o que faltava fazer na vida. Nessa hora ela ficou triste em constatar que sua felicidade dependia quase que integralmente do sucesso dos planos alheios, da promoção de um emprego que não era dela, de uma casa que não conseguiria comprar sozinha e de um casamento que, definitivamente, não iria mais acontecer. Dá uma certa falta de ar constatar que tudo deveria ser reinventado novamente, repensado e, pior do zero. Mas até que ela gostou de tomar um rumo, menos previsível e de, talvez, colocar seus reais desejos naquela nova fase.
Terminar um relacionamento é como renascer. É reaprender a falar e a conhecer novas pessoas. É reescrever os planos, rever suas prioridades e perceber que sim, somos capazes de andar sozinhos e ser equilibrados; não precisamos de uma outra pessoa para darmos sentido a vida. É entender que tudo que é vivido, ainda que de forma traumática, nunca é em vão. E que certas experiências dizem muito mais sobre a nossa capacidade de sobrevivência e flexibilidade que os filmes, os livros de auto-ajuda ou as experiências alheias.
Como diria o rei, “é preciso saber viver”. E reviver, quando for necessário.
4 Comentários
Oi amore
nossa, como vc escreve bem, qse chorei!
é isso mesmo que acontece, muito tocante o texto amei!
término de relacionamento é renascer mesmo, vc detalhou super bem!
Parabéns!!!
Bjão ✿◠‿◠)✿
/(.”)__☆
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“Uma alegria compartilhada transforma-se numa dupla alegria;
uma tristeza compartilhada em meia tristeza. ”
♥@barbielieth♥
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É verdade… por isso, acho q tenho “medo” de ter um relacionamento de novo, não sei se consigo voltar a pensar por 2, esperar por 2, planejar por 2… entende?
Beijos!
Adorooo seus pontos de vista feminino das situações corriqueiras… *.*
Amei esse texto, estou vivendo exatamente isso agora nesse momento. Ericka vc é show, não me canso de te elogiar. Bjão.
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